por João Medeiros - membro
nº19
Provavelmente já ouviu
falar das previsões da civilização Maia sobre o final de um grande ciclo da
humanidade no final de 2012. Mas já pensou que poderão ter alguma ligação com
as grandes mudanças sociais a acontecer já na Terra, bem à frente dos nossos
olhos e no nosso dia-a-dia?
Conhecerá seguramente a
expressão “Era de Aquário”, usada por algumas correntes espirituais para
designar uma alteração de paradigmas no mundo moderno. Mas já se questionou se
de facto todas estas “teorias” têm algum fundamento lógico, quando efetivamente
se manifestam e o que significam?
Permita-me esclarecer
algumas destas questões para que possa celebrar com mais confiança e alegria
esta grande revolução da Terra que começamos a viver.
1 – Segundo a Astrologia Ocidental, estamos a entrar numa nova Era?
E a resposta é SIM.
Concretamente, estamos a entrar numa nova Era de cerca de 2150 anos devido ao
ingresso da maior estrela real do Zodíaco Sideral – Régulus, o Coração do Leão
– no sexto sector do Zodíaco Tropical, associado ao signo de Virgem. Não há consenso
científico sobre o cálculo do dia exato deste ingresso – mas unanimemente considera-se
que a transição se dá entre os anos 2011 e 2012.
2 – Quão importante é esse facto e o que significa?
Do ponto de vista da
Astrologia Ocidental, esse facto é de extrema importância porque a Estrela
Régulus é a mais importante das 4 estrelas reais da Pérsia (associadas às
grandes mudanças civilizacionais); a mais brilhante e a mais alinhada com a
trajetória do Sol. Ela rege os sistemas reais, o poder e a liderança.
Ao entrar em Virgem,
simbolicamente, todos os sistemas de poder “leoninos” – omnipotentes,
autocráticos e de ostentação – são desafiados a ganhar humildade, organização,
e verdadeiro sentido de serviço público. O poder deve ser usado doravante em
prol da comunidade, de forma competente, e não em benefício de interesses
pessoais.
3 – Que evidências temos dessa mudança atualmente?
São bastantes óbvias, se
refletir um pouco. No plano internacional, a queda de várias ditaduras do norte
de África e Médio Oriente – incluindo o Egipto, Tunísia, Líbia, entre outros
países. Igualmente, as crises da dívida nos países europeus – como Portugal – que
agora são obrigados a prestar contas e reestruturar o estilo de governação.
Em geral, todas as pessoas
em todos os cargos e estatutos sociais serão desafiados a conduzir a sua vida
de forma mais ecológica, trabalhadora e humilde – em vez de gastarem o dinheiro
que não têm ou que não conquistaram legitimamente.
Desde o máximo governante
ao funcionário preguiçoso – todos serão desafiados a aprender e a trabalhar
melhor. O Ego de cada um deverá dar lugar à busca de um verdadeiro sentido de
utilidade e serviço perante os outros.
Portanto, dificilmente
dirigentes como Alberto João Jardim e Berlusconi ou regimes totalitários
poderão continuar no poder neste novo ciclo.
4 – Isto tem alguma coisa a ver com a Era de Aquário?
Tudo a ver! A estrela
Régulus pode considerar-se como a principal referência simbólica para se
dividir o Zodíaco Sideral – o das Constelações desiguais e, por vezes, sobrepostas
– em 12 segmentos iguais. O que quer dizer que se Régulus (o início do Leão) muda
de signo, por simetria, Aquário começa a tocar o eixo dos equinócios.
Em termos práticos,
Aquário rege a democracia, a liberdade, as telecomunicações e a ciência. É
também um signo de reivindicações e de revoltas. Se reparar, as revoluções recentes
no mundo árabe foram potenciadas por esta nova estrutura social “aquariana” que
está a mudar o mundo: a Internet e respetivas redes sociais.
5 – Onde entra o calendário Maia neste contexto?
O calendário Maia obedece
a um conhecimento profundo dos ciclos planetários que moldam as civilizações,
nomeadamente, o movimento de precessão dos equinócios (que dá origem às eras
astrológicas) e os ciclos sociais de Júpiter e Saturno.
Não só estamos em
transição de uma estrela de grande magnitude (ciclo civilizacional maior), como
em mutação para um ciclo político de 200 anos de Terra para Ar, em que os
paradigmas financeiros, materialistas e de segurança no emprego devem ser
substituídos pela vertente social, cooperativa e de intercâmbio mundial.
6 – Isto quer dizer que vai acabar o mundo?
Vai acabar um mundo que
conhecíamos, o que é evidente. Como também é claro que já está a nascer um novo
mundo, como se constata pelo efeito globalização em que uma rede tecnológica
quase gratuita – a web – permite pôr em contacto comunidades do mundo inteiro,
abrindo espaço para a manifestação da individualidade num campo transnacional.
Os Maias não diziam que ia
haver um “apocalipse”. Apenas que se concluía a 4ª Era da Humanidade – e mesmo
este facto não é assim tão consensual.
Se interpretarmos o ‘4’
como vibração de matéria, estrutura e lentidão poderemos deduzir que se está a
concluir um ciclo maia de 5 125 anos associados à forma (casa, dinheiro,
segurança) e que o 5º ciclo ressoará com um novo arquétipo: de tolerância, liberdade,
aprendizagem e consciência.
7 – Como viver nestes novos tempos?
Quanto mais estivermos
presos ao nosso “quadrado” de conforto, seja emprego, dinheiro, preconceitos,
rotinas ou raízes, e numa filosofia de pouca utilidade prática do nosso
trabalho ou de pouca interação social e internacional, mais poderemos sofrer.
Pelo contrário, quanto
mais estivermos ao serviço da comunidade, de forma inteligente, voluntária e
móvel, dinamizando as redes de contactos, assimilando e divulgando novos
conhecimentos – através de livros, tecnologias de informação, encontros
sociais, cursos e cultura – mais estaremos envolvidos neste espírito de mudança.
Em geral, é-nos pedido
também que tenhamos humildade, competência, respeito e verdadeiro diálogo com o
próximo – no qual se incluem também a natureza, o ambiente e o planeta.
E você está preparado para este novo ciclo, de modo a ser um círculo em
vez de um quadrado?
*Artigo publicado
no Jornal Astrológico da ASPAS – Nº1 - Julho a Setembro 2012, pág. 17
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