Astrologia para Jovens, uma nova cultura*

por Rui António Santos - membro nº 13



Observando e con­firmando que desde a entrada de Plutão em Capricórnio desde ­finais de 2008, e comparando com os ciclos planetários que estamos vivendo, acho útil motivar os pais a conhecerem o Mapa Astrológico dos seus ­filhos.

A nossa cultura evoluiu de uma forma intelectual, sabemos tudo sobre internet, redes socias, estudamos e estamos a par de tudo o que se passa no mundo, a velocidade de informação é muito rápida.

Os jovens estudam, formam-se, tiram cursos pro­fissionais, formam a sua família, têm fi­lhos e encontram emprego, neste ciclo que estamos a atravessar com Plutão em Capricórnio, todas as estruturas sociais estão em crise, as famílias, a economia, a política.

Os jovens casam-se cada vez mais tarde, aqueles que o podem fazer, têm pouco dinheiro para sustentar uma família e já não acreditam nos políticos. Estas crises sociais correspondem a um ­final de um ciclo planetário que durou cerca de 200 anos, este estudo astrológico tem como base as conjunções de Júpiter e Saturno.

Sempre que dois planetas se encontram em conjunção os efeito de um planeta integra e complementa o outro planeta, Júpiter simboliza, a fé, o otimismo, os estudos, a maneira como lidamos com a nossa ligação ao divino, não importa qual a nossa religião, a nossa fi­losofi­a de vida é co-regente do signo peixes (água) e têm como casas associadas a 9ª e a 12ª.

Saturno é regente de Capricórnio (terra) e é co regente de Aquário (ar) e tem casas associadas a 10ª e a 11ª. Estes dois planetas alinhados (conjunção) ocorreram em signos de terra (touro, Virgem e Capricórnio), Saturno tem a ver com as estruturas, a forma, as nossas crenças sociais e ao dar forma.

Em Touro aprendemos a trabalhar a terra, a valorizar a sensualidade, os prazeres, muitas vezes confundimos a posse com amor, damos valor a todas as formas de arte, de comer bem de bem vestir, e temos que trabalhar para isso.

Em Virgem apreendemos a consciência de ter que trabalhar para sustentar os ­lhos, valorizamos a saúde, e acreditamos nas estruturas sociais e no Governo que através do dinheiro que descontamos para a reforma nos dá o necessário para sobrevivermos (Capricórnio).

Com Plutão em Capricórnio essas mesmas estruturas estão decaindo de uma forma muito rápida e a próxima conjunção será num signo de ar (Aquário). A primeira conjunção dá -se ainda com Plutão em Capricórnio, marcando um novo ciclo na história da humanidade.

Os signos de ar são Gémeos, Balança e Aquário.

Gémeos têm como casa astrológica associada a 3ª casa, é uma casa de comunicação e corresponde à juventude e tem como planeta regente mercúrio, a mente e a comunicação.

Balança tem como casa associada a 7ª casa, é uma casa astrológica em que atraímos as nossas relações, temos os nossos contratos de trabalho, gerimos os nossos negócios e o planeta regente é vénus que simboliza o amor e afetividade.

Aquário tem como planeta regente Úrano e tem como casa associada a 11ª e vamos encontrar os nossos amigos onde trocamos as nossas ideias em função do que acreditamos, usamos as redes sociais e comunicamos com o Mundo.

Não querendo fazer futurologia, eu acredito que neste ciclo da humanidade irão ser criadas novos modelos de ensino, onde a integração e comunicação do amor e afetividade e a nossa ligação com as redes a que estamos ligados vai ser feita de uma forma mais realista. Júpiter é co regente de peixes que tem regido as ilusões e desilusões da humanidade alinhado com saturno que vem dar forma, estrutura e responsabilidade ao compromisso que temos com a terra.

Portugal é país de peixes e o Planeta regente é Neptuno, lembro-me das palavras que o Astrólogo Fernando Pessoa usava "falta cumprir-se Portugal", talvez neste ciclo Portugal se a­rme como povo independente, e cuja missão seja de ajudar outros povos no caminho da verdadeira evolução espiritual.

Os jovens precisam de um novo modelo de ensino, que lhes dê consciência do seu verdadeiro potencial e da maneira como o podem desenvolver, na antiga cultura de terra, formavam-se jovens, de acordo com as conveniências sociais, e nada pior do que ver adultos que gostavam de ser músicos e formaram-se como arquitetos, ou médicos que até queriam ser fisioterapeutas, ou jovens que fogem para os bares e discotecas e adultos que simplesmente sobrevivem e não fazem a mais pequena ideia de como sobreviver.

Um Mapa Astrológico contém o potencial humano e psicológico das crianças e jovens e do que eles vieram fazer a este Planeta, os momentos de crise e do caminho para os ultrapassar, é uma forma de autoconhecimento, esta forma de lidar com estes problemas é mais saudável do que na antiga cultura, um pouco ainda em funcionamento. Quem já não ouviu falar nas crianças índigo e nas drogas que usavam para tratar o que os psicólogos chamam de distúrbios da personalidade.

Temos uma elevada taxa de analfabetismo, porque ainda é muito reduzida entre os adultos ensinar às crianças e jovens que somos energia a fazer experiência num corpo e somos feitos de (fogo, terra, ar e Água) e que respirar é muito importante para manter a nossa saúde e bem-estar.

Seria bom, ensinar Astrologia às crianças nas escolas, porque a tendência no futuro é a individualização das personalidades e a Astrologia é como uma bússola no caminho, é uma dádiva do Universo para os homens. Seria a passagem do medo (falta de conhecimento) para o saber (conhecimento). Ausência de medo.

Pode-se reduzir assim. Eu sei o que vim fazer a este mundo e sei o caminho para chegar ao ­m do caminho, eu sou a minha consciência. A Astrologia é a porta de acesso a essa consciência.



*Artigo publicado no Jornal Astrológico da ASPAS – Nº1 - Julho a Setembro 2012 - pág. 30

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