Coaching Astrológico*

por Patrícia Ungarelli - membro nº14


Eu particularmente vejo uma necessidade muito grande de nós, astrólogos escrevermos sobre as “aplicações práticas” da Ciência da Astrologia. Acho que falamos muito sobre planetas, signos, sobre as técnicas de interpretação, as tradições; mas vejo pouco conteúdo para o leigo, esclarecendo onde podemos efetivamente utilizar e aplicar essa Ciência.


E quando falo que podemos utilizar a Astrologia para os negócios e praticamente para tudo em nossa vida, muitos se espantam. Mas é verdade, podemos usá-la como ferramenta de reorientação de carreira, redirecionamento profissional, para a escolha de um curso universitário (mapa vocacional), para análise de sociedades comerciais, para fazermos mapa de empresas, e uma infinidade de outras aplicações empresariais e pessoais.
 

Mas dentro dessa minha especialidade empresarial, percebemos que o verdadeiro capital de uma empresa é sempre o “capital humano”, esse é a verdadeira riqueza de qualquer negócio: as pessoas. E nesse contexto inserimos uma especialização bastante interessante e nem sempre bem compreendida, a qual eu denomino de “Coaching Astrológico”. Para exemplificarmos o que é um processo de “coaching” (termo bastante usado dentro de grandes empresas), tecnicamente falando podemos definir “Coaching” como:

Processo  de desenvolvimento pessoal ou profissional, estabelecido na relação entre o profissional de Coaching- o Coach e seu cliente- o Coachee, para discutir, analisar, avaliar tendências, levantar alternativas e propor metas e ações quantificadas.

Portanto, é um processo de desenvolvimento   de competências comportamentais humanas, focado em planos de ações concretas que levem à realização das metas e desejos do Coachee. Essas ações são elaboradas em termos de autoconhecimento no sentido do desenvolvimento e/ou aprimoramento das competências do cliente, e o processo acaba por  fornecer-lhe as ferramentas, conhecimentos e oportunidades para se expandir e crescer.
 

Mediante essa definição técnica, gosto de resumir esse processo como um profundo processo de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Mas gosto de deixar claro que

Coaching  não é TERAPIA, e não é MOTIVACÃO, e sim, processo de assumir RESPONSABILIDADE    INDIVIDUAL.
 

Coach é uma palavra em inglês e podemos traduzi-la como “treinador” ou “técnico” a princípio utilizado dentro da área esportiva apenas. O técnico conversa, indica exercícios e práticas e avalia o jogo passado para planejar estratégias, conjuntamente o técnico pode definir a estratégia, mas o jogador pode e deve mudá-la em decorrência do jogo. O técnico orienta, mas quem joga é o jogador. São as qualidades e limitações do jogador que importam, pois ele é quem vai vencer o jogo. Podemos dizer que um profissional de “coaching personalizado” é um consultor pessoal que agrega essas qualidades de um “técnico” mencionadas acima. Se o coaching personalizado é ainda pouco conhecido entre a maioria das pessoas que não estão dentro de grandes empresas, imagine-me falar sobre “coaching astrológico?” Mas é uma aplicação bastante interessante da astrologia,  onde usamos como ferramenta para levantamento de informações e diagnóstico o “mapa astral natal” do cliente. É um campo fascinante, porque utilizamos o mapa astral como sinalizador dos obstáculos que impedem de termos uma alta performance em nossa vida cotidiana, e como sinalizador de nossas habilidades e talentos que muitas vezes desconhecemos. Vejo claramente na interpretação do mapa uma questão crucial para o cliente. Nós Astrólogos levantamos informações, interpretamos a simbologia do mapa, traduzindo do nosso “Astrologuês” para a língua do cliente, de forma que ele entenda o que estamos a falar. Mas, no entanto, fica muitas vezes a pergunta: mas COMO eu faço isso? Ok entendo que tenho essa quadratura, entendo o que ela significa, percebo ela em minha vida, no meu cotidiano, mas como trabalho isso? Como? Esse é o ponto crucial. Quando temos a prática da consulta, percebemos o quanto isso é significativo na vida do cliente.

Lembremos que eles não são Astrólogos, nós gostamos do estudo, das análises, das técnicas, o cliente quer o Como faço? Foi para preencher essa lacuna que comecei a buscar ferramentas que pudesse auxiliar o meu trabalho. Encontrei no Coaching uma ferramenta poderosa para isso.
 

Existem casas no mapa astral que respondem a essas questões e ajudam o cliente a planejar suas ações, apesar de sabermos que o mapa todo responde isso. Mas o triângulo das casas materiais, 2, 6 e 10 ajuda a dimensionar as questões mais práticas da vida, estruturando os valores com suas ações cotidianas rumo às suas metas e objetivos. É um bom começo para o processo.
 

O triângulo da vida, com a posição solar, lunar e ascendente dá a natureza da pessoa, sua essência, emoções e atitudes, como sabemos, e já que falamos no Coaching em “competências comportamentais”, será fundamental então dentro do processo.
 

Ao longo do processo de Coaching acabaremos por percorrer as 12 áreas de experiência humana, conhecidas por nós  como Casas Astrológicas, mas de forma personalizado, feito sob medida para o cliente em questão.

Têm-se a Astrologia como um conjunto de conhecimentos fantásticos sobre a natureza humana, associá-la ao processo de Coaching vem se mostrando na prática   uma ferramenta muito poderosa e eficaz de autodesenvolvimento e autoconhecimento.
*Artigo publicado no Jornal Astrológico da ASPAS – Nº2 - Outubro a Dezembro 2012 - pág. 28

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