Cortesia de Mauricio Bernis
Escrever a respeito das tendências para economia, negócios e investimentos é sempre um desafio. Principalmente porque os leitores, em sua grande maioria, desejam mesmo previsões pontuais e específicas. Há uma diferença essencial entreanálise de tendências e previsões. Aqui farei análises de tendências com base na evolução de ciclos astrológicos, correlacionando-os com os eventos da economia brasileira e mundial.
O primeiro ciclo a ser avaliado é o de Urano com Netuno, que tem um intervalo de duração de cerca de 172 anos. Em 1821 deu-se início a um ciclo deste, culminando com a independência do Brasil (e diversas outras nações) e se concluiu, dando início ao ciclo atual, em 1993. Assim, estamos ainda numa fase embrionária deste ciclo – até 2014 – quando acontece o primeiro ponto de virada do atual ciclo (conforme gráfico I). Na prática significa que os acontecimentos que marcaram o início do ciclo ainda não se firmaram definitivamente – analogamente a proclamação da independência do Brasil, que somente se consolidou em 1831. Falando de fatos concretos, nas proximidades do ano de 1993 aconteceram – no Brasil o Plano Real (com a URV e depois o Real propriamente dito), com a estabilização da economia e, na Europa a efetivação da CEE (Comunidade Econômica Européia) e como conseqüência a criação do Euro.
A Fase do ponto A até o ponto B caracteriza-se por um período de expectativas, sendo uma época de descontentamento com a velocidade e andamento das coisas. É necessário ter cuidado para não se cair na ilusão de sucesso imediato, pois há tendência em se nutrir expectativas superiores aos possíveis resultados. E é exatamente isso que estivemos vivendo até a crise de 2008 se instalar nos EUA e se propagar para a Europa mais recentemente. Ou seja, até 2014 qualquer idéia de que já está tudo acertado e resolvido é ilusória. Num momento a “coisa” estava mais para os EUA, agora está mais para a Europa, mas na realidade todo o mundo deve se acautelar e providenciar medidas de proteção contra as “ondas” que devem se seguir – seja aqui no Brasil ou lá na China!
Se fosse somente este ciclo que estivesse em voga, seria bem mais simples a situação, mas há um outro ciclo de especial importância para o mundo que tenho que citá-lo em destaque: é o ciclo de Urano com Plutão. Este ciclo é também de longuíssimo prazo. Teve seu início (o ciclo atual, é claro) na década de 60, quando da conjunção de Urano e Plutão – exatamente de outubro de 65 até junho de 66, mas com influência por toda adécada. Agora acontece a quadratura entre eles – de 2012 até 2015 com exatidão, mas com influência por toda a década também. Este ciclo está associado diretamente com o conflito entre poder, controle e liberdade, democracia – uma luta que se estende também entre o controle da economia e a liberdade do capital. Assim, o que vemos em curso é um grande embate entre o neoliberalismo e o retrocesso ao intervencionismo governamental. O que vemos acontecer é exatamente isso: governos tendo que intervir para resolver a crise criada essencialmente pelos mercados. E a tendência é mesmo dos governos pagarem a conta, mas dividirem com a iniciativa privada. É essa a discussão que pautará o ano de 2012 e as soluções propostas pelos governos da Alemanha e França – principais pagadores desta “conta”.
A evolução do sistema capitalisa, conforme citei no artigo do ano anterior, é bem avaliada pelo ciclo de Saturno com Urano (mais um ciclo que preciso citar para melhor entendimento da situação). Alguns momentos destacam-se deste ciclo – um que teve início em 1942 (2ª. Guerra), em 1952 (criação do MCE – Mercado Comum Europeu), em 1966 (ampliando as reformas do ciclo de Urano-Plutão, o conflito comunismo – capitalismo e a revolução cultural chinesa),em 1976 (morre Mao Tse Tung e dá-se o iníci da reforma chinesa), em 1988 (queda do muro de Berlim e fim do comunismo e início de um novo ciclo que tem seu apogeu de 2008 a 2010, origem da crise atual). Conforme os gráficos abaixo, somente em 2015 também é que teremos uma nova virada.
Vemos, por meio desta evolução cíclica que ainda estamos com conseqüências da 2ª. guerra, seja de ordem econômica ou de ordem “kármica”, de tal maneira que os países que estão mais sendo chamados a pagarem as contas são os mesmos mais envolvidos naquela batalha!
Bom, mas o que nos interessa mesmo é dizer que a crise somente começará a dar sinais efetivos de sua solução após 2015 e, até lá as medidas adotadas serão com visão de prazo para além de 2015 até 2020. O Brasil deve procurar este alinhamento sob pena de perder o “bonde da história” e ter conseqüências depois de “eles estarem resolvidos” – ou seja, estamos nos beneficiando até certo ponto da crise americano-européia e assim será até 2015. Contudo, se não nos prepararmos para o pós-crise, é sujeito ela chegar ao Brasil entre 2016 e 2019! Acredito que faremos a lição de casa…mas…
Sendo mais específico com as tendências para o Brasil, verifico que Urano ingressou em Áries em 2010 e ali fica até 2018, marcando outro ciclo de interesse nesta avaliação. Na história do Brasil, no século IX, quando Urano esteve em Áries foi quando emancipou-se D. Pedro II e se consolidou o segundo reinado – destacando-se um período de conquista tecnológicas e no século XX (1927 a 1935) tivemos a maior dívida externa da América latina, houve a quebra da bolsa de NY, um plano econômico mirabolante com a criação da moeda Cruzeiro que culminou com a quedo do governo e a instalação da ditadura de Getúlio Vargas.
Guardadas as devidas proporções e atualizações de forma, é o que estamos vendo acontecer no Brasil…uma reforma econômica baseada no populismo, mas que ainda não mostrou os resultados solidamente. Essa reforma é um segundo ciclo do Plano Real de 1994, e teve seu início em fins de 2007.
A luta em 2011 foi a inflação e em 2012 é a busca de uma redução na taxa de juros mas há que se vencer ainda a sobra inflacionária. Na verdade o que pode ainda acontecer são mudanças mais notáveis no câmbio, com uma valorização do Dólar e Euro. Veja abaixo o ciclo (mais um) de Júpiter com Plutão, essencialmente ligado a economia brasileira.
A luta em 2011 foi a inflação e em 2012 é a busca de uma redução na taxa de juros mas há que se vencer ainda a sobra inflacionária. Na verdade o que pode ainda acontecer são mudanças mais notáveis no câmbio, com uma valorização do Dólar e Euro. Veja abaixo o ciclo (mais um) de Júpiter com Plutão, essencialmente ligado a economia brasileira.
Como pode ser visualizado, em maio/2012 há um ponto de virada e, por isso de junho/12 até jun/13 temos uma fase de colheita dos resultados das ações iniciadas em 2007. É tempo de poupar e ajustar o que for necessário. É um momento também onde ficam claros as forças, fraquezas, sucessos e fracassos desde 2007. Podemos concluir com isso, que teremos uma fase em que o governo será duramente avaliado em sua conduta e a reeleição ou não da Presidente Dilma dependerá de como conduzirá o país neste período.
Para não me alongar no assunto, vamos aos investimentos no Brasil em 2012:
Bovespa: termina 2011 em baixa. Tem leve recuperação de janeiro a maio de 2012. Depois veremos efeitos da crise européia no mercado de capitais brasileiro.
Ouro: tendência de queda no final de 2011. Recuperação a partir de junho de 2012.
Câmbio: tendência de ajustes cambiais em maio/12 até julho/12, mas a pressão de baixa segue, após os ajustes.
Segmentos positivos em 2012: construção, lazer e entretenimento, farmacêutica, mineração, química e petroquímica, têxtil e confecções, agronegócio, alimentos, energia, eletroeletrônica, Telecom e informática.
Antes de terminar este artigo preciso informar que o mapa astrológico que rege o ano de 2012 é calculado quando do ingresso do Sol em Áries. E, este mapa, para Brasília, capital do Brasil, tem Saturno em culminação, trazendo uma tendência de austeridade e contenção. É tempo do governo lidar com limitações, perdas e fazer uma profunda reestruturação. Que assim seja para o bem de todos os brasileiros!
Agradecemos a objetividade e sabedoria!
ASPAS
Agradecemos a objetividade e sabedoria!
ASPAS
Comentários
Enviar um comentário