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Henrique G. Wiederspahn em Técnicas Astrológicas em 28 28UTC Março 28UTC 2012
Visível: uma linda e maravilhosa conjunção entre a Lua e Vênus, um presente para nossas tardes. E à medida que a Lua se põe, é Saturno que nasce no horizonte oriental. Por volta das 19:30 horas, encontram-se ainda visíveis Júpiter, próximo da Lua e Vênus, todos em Touro. Marte se encontra na direção NE, um pouco mais elevado.
Não visível: Sol e Mercúrio retrógrado, bem como os geracionais Urano e Netuno.
Os antigos diziam que os astros visíveis tem mais poder e ação que aqueles que se encontram abaixo do horizonte. às 19:30 horas, o Sol se encontra na Casa VI, abaixo do horizonte e não pode ser visto. Para os nossos antepassados, antes da chegada da luz artificial, as horas noturnas eram um período de medo e não apenas de escuridão. Alguns povos contavam o tempo apenas de dia. As horas planetárias ainda são contadas do nascer ao por do Sol.
É possível estender esta visão de Ptolomeu, Al Biruni, Abu Mas’har e tantos outros também para os eclipses. Bonatti afirma, seguindo Ptolomeu e Vetius Valens, que a ação de um eclipse se dá apenas nas localidades cobertas por sua sombra.
Naqueles tempos, a Astrologia e a Astronomia eram uma mesma Arte e era feita olhando para o céu. Quando fitamos o céu e esquadrinhamos o horizonte, ganhamos dimensão e expandimos as nossas possibilidades e oportunidades. Geralmente, o fazemos no céu noturno, quando há mais para ser visto, especialmente as estrelas e os planetas que caminham entre elas. Mesmo que resida numa grande metrópole, experimente olhar para o céu.
O ser humanos se adensou. Suas reflexões, filosofia e religiões o tornaram auto-consciente. Ou seja, ao olhar para dentro de si mesmo, se deu conta do tamanho do Universo, bem como, de outras realidades não tão lógicas e óbvias. Em outras palavras, além da própria visão. E é sob este prisma que os astros não visíveis devem ser encarados.
Seria absolutamente impróprio afirmar que uma pessoa nascida com as configurações acima não tenha luz. No entanto, esta brilha dentro, para si, em seu interior. Há uma forte tendência a não dar valor aos seus próprios desejos e necessidades, conquanto seja muito mais fácil lidar com os significados e promessas dos astros que se encontram acima do horizonte, uma vez que se encontram visíveis.
Lidamos mais facilmente com o que vemos do que com o que não vemos. Porém, não vemos o ar – embora ninguém discuta a sua inexistência. Há tantas coisas que não vemos… Uma dor só é “visível” para quem a sente. O mesmo se dá com as angústias e os medos. Ou a confiança e a fé.
Abaixo do horizonte estão aqueles conteúdos que operam a partir do íntimo e que não costumam se manifestar na superfície. Um indivíduo com muitos planetas abaixo do horizonte tem uma vida interior rica, mas pode encontrar problemas para “acontecer” no mundo. O ideal é sempre um equilíbrio, um balanço entre os astros acima e abaixo do horizonte.
Porém, não tenha dúvidas que os astros que você vê são justamente aqueles que lhe causarão um maior impacto, responsáveis por deixar a sua marca no mundo e entre os seus pares.
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