Diário de uma astróloga – [29] – 4 de Julho de 2012. A independência dos Estados Unidos da América e a sua carta do céu


por Luiza Azancot, Membro nº15


Cá estou em casa, em Cape Cod, um pouco ao sul de Boston, cidade onde começou a revolta que levou à independência dos Estados Unidos. Hoje é o nacional, comemorado com barbecues, paradas, grandes demonstrações de patriotismo e bandeiras por todos lados. 

As nações tem temas astrais e da mesma forma que um tema pessoal revela aspectos psicológicos do individuo, assim o espirito dos USA pode ser compreendido através das energias presentes no momento em que foi assinada a Declaração de Independência. Mas qual foi exactamente esse momento? Qual é a carta do céu dos USA?

Dia 4 de Julho de 1776. Mas será? John Adams, um dos signatários e 2º presidente dos Estados Unidos, escreve à sua mulher a 3 de Julho, “…o dia 2 de Julho será para sempre celebrado como dia nacional”.  O historiador contemporâneo  David McCullough partilha da mesma opinião.

O que é que aconteceu? Ninguém sabe ao certo, mas quando vivi em Washington e no contexto de trabalhos para a cadeira de História da Astrologia, fiz investigações na Biblioteca do Congresso.  Baseada em provas circunstanciais acho que Benjamin Franklin, um dos signatários, interveio para mudar a data do nascimento do novo pais ….  por motivos puramente astrológicos.  

Franklin era um homem extraordinariamente versátil: politico, inventor, escritor, diplomata que durante 25 anos publicou “Poor Richards Almanac”, equivalente ao nosso Borda d’Agua. Tinha profundos conhecimentos de astrologia uma vez que o almanaque descrevia as fases da Lua, eclipses e a influência dos ciclos e aspectos planetários no clima e na agricultura. Quando ele calculou a carta do seu novo País verificou que a 2 de Julho a Lua se encontrava em Capricórnio, o que para ele queria dizer que o povo americano estaria condenado a encontrar dificuldades, obstáculos, restrições, visto a Lua representar a população e estar em detrimento. O dia 4 de Julho produzia uma carta era muito melhor para o futuro da nação e com uma simbologia mais apropriada. A Lua já tinha passado para Aquário, signo progressivo, libertador, idealista e o Sol ocupava no 13º grau de Caranguejo conjunto à estrela Sírios, a mais brilhante do firmamento. Além disso o número 13 reflectia as 13 colonias signatárias da declaração de independência.

Imagino o dinâmico e persuasivo Franklin, seguro das suas convicções astrológicas, a influenciar John Handcock, o presidente do Congresso Continental (órgão que declarou a independência) a assinar a Declaração de Independência, isto é o nascimentos dos USA, num momento mais auspicioso – 4 de Julho de 1776 às 17:10 da tarde.  

Entre astrólogos há grandes discussões sobre a hora.  A carta das 17:10 é conhecida por Sibly porque foi um astrólogo inglês, Ebenezer Sibly ,que a tornou pública em 1787. Acontece que este senhor era membro da mesma Loja Maçonica de Ben Franklin. Foi aí que ele soube a hora com tanta precisão?  

Uma vez que os historiadores não estão capazes de concordar sobre a hora da assinatura, agrada-me que a confirmação mais provável seja de origem astrológica. A carta Sibly apresenta o ascendente em Sagitário. O ascendente muda todas as duas horas e exprime a personalidade colectiva duma nação, os mitos e imagens associados com ela, a forma como os outros povos a vêem.  

A representação de Sagitário é a de um centauro (meio homem meio cavalo) munido de arco e flecha, sempre galopar à procura de aventura, muito parecida com a do mítico cowboy a dirigir-se para o sol poente incapaz de assentar raízes. É o signo regido por Júpiter, o planeta da expansão. A frase “Go west young man” marcou a conquista territorial feita a partir das 13 colonias originais. Tudo é maior na América: os caros, as casas, as doses nos restaurantes. Também é o signo dos convencidos, dos que sabem mais do que toda a gente. Sorri ao ouvir Obama a pregar sobre a divida dos países europeus quando a divida governamental per capita dos USA é mais alta do que a Grécia, Itália, Portugal, etc… A religião organizada também se enquadrada no arquétipo Sagitário e os americanos além de terem inventado uma religião no séc. XIX,  os Mormons, à qual pertence o candidato à presidência Romney, adoptaram o mote oficial “In God we trust”, e imprimiram-no nas notas.  Não conheço mais nenhum país que mencione Deus na sua moeda!



Não duvido que o ascendente dos USA seja Sagitário por isso no meu jardim astrológico pintei a bandeira americana na flecha do centauro.




Provavelmente Franklin não pensou nestas características ao escolher as 17:10 mas sabia que a estrela Regulus, símbolo do poder da monarquia inglesa, estava no poente prestes a desaparecer sob horizonte. Este simbolismo agradou-lhe com certeza.

Luiza Azancot
astrocape@gmail.com

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