Diário de uma astróloga – [37] – 24 de Outubro de 2012
Ensinamentos das cartas de Portugal
AVISO: Este artigo destina-se primordialmente ao público em geral pelo que tenho que fazer simplificações na
interpretação das cartas. A análise na carta da Restauração com Júpiter no
Ascendente e a ligação à expulsão da Companhia de Jesus no séc XVIII e modernamente como
representado os “grandes” senhores da finança ficará para outra oportunidade
assim como a oposição Saturno a Saturno na carta de 1910.
A astrologia assume que há uma relação significativa entre a posição das
estrelas e dos planetas e os assuntos do Homem, quer sejam pessoais ou sociais.
Na minha visão cosmológica as estrelas e os planetas não fazem nada de físico,
não mandam “vibes” cá para baixo mas
são símbolos de energias que sincronicamente funcionam “as above, so below” ou “assim na terra como no céu”. A raiz da
palavra astrologia é grega: astro =
estrela, logos = palavra. As “estrelas” falam e eu oiço e traduzo.
É partindo desta definição e desta premissa que vou analisar algumas relações
angulares entre a Lua e Ascendente dos mapas de Portugal e os planetas em orbita
que agora lhes estão a incidir directamente. Nós chamamos a esta análise “trânsitos”.
Olhando para a carta de Portugal da Implantação da República (ver post
anterior) temos o Ascendente e a Lua no3º e 4º grau de Escorpião. O planeta que actualmente se
dirige para esta zona do zodíaco é Saturno, que representa responsabilidade, a
disciplina mas também dificuldades e restriçõestanto ao povo português como na
imagem que projectamos no mundo. Saturno ocupa esta posiçãono céu cada 29 anos,
eis o que se passou anteriormente.[i]
Em 1924 – Greves, bombas, governo instável e é passada lei do agravamento
fiscal. O Governo negoceia um empréstimo em Londres mas as soluções financeiras
escasseiam.
Em 1953/4 – O governo lançou uma campanha de produtividade que foi alvo de
grandes portestos pois explorava os trabalhadores de forma vergonhosa. Numa
manifestação é assassinada Catarina Eufémia.
Em 1983 – “Aumento do preço dos
combustíveis”… “Acordo com o FMI” …” Soares
declara que está afastado o espectro da fome e do racionamento”… “Pacote fiscal
proposto pelo governo é aprovado. CIP fala em rapina fiscal”… “ Lucas Pires fala em estado de sítio fiscal”.No
princípio de 1984 é criado o IVA, aumentam as taxas de juro como resposta a uma
inflação que chega a atingir 29%. Há
100.000 trabalhadores com salários em atraso.
Agora em 2012 foram lançados novos impostos, aperta-se o cinto, o povo
sofre. Estamos às voltas com o FMI mas os instrumentos para sairmos dela são
outros porque não há possibilidade de desvalorizar a moeda, que foi o que nos
safou em 1983. Relativamente aos ciclos anteriores parece que progredimos, não
se fala de racionamento e nem há mortos e feridos.
Seguidamente Saturno passa no Nó Lunar Sul (ligado ao destino da Nação)
mais ou menos dois anos depois. Assim:
Em 1926 Salazar assume a primeira pasta governativa para resolver os
problemas financeiros dos governos anteriores.
Em 1955 é fundada Resistência Republicana e Socialista, futuro PS, liderada
por Mário Soares,.
Em 1985 Portugal assina o tratado de adesão à então CEE.
E agora que vamos fazer?
Quis olhar com mais recuo, agora para o mapa de Portugal de 1 de Dezembro
de 1640 (ver post anterior) onde temos o ascendente a 8⁰ de Capricórnio, e a Lua em
oposição a 11⁰ de Caranguejo. São os mesmos pontos
considerados no mapa de 1910 relacionados com a nossa população e imagem do
país. Estão a ser atingidos por Plutão por trânsito. A analise fica mais fácil
porque Plutão tem uma orbita de 246 anos por isso só aqui passou uma vez deste
a Restauração, entre 1766 e 1768. Foi
uma época marcada por uma grande crise económica que leva o Marques de Pombal a
uma política de fomento industrial e ultramarino. A preocupação do rei e do seu
ministro para além da reconstrução de Lisboa no pós terramoto foi a de criar
instituições no campo económico e educativo adaptadas ao séc. XVIII.
Há poucas pessoas a usarem a astrologia para a compreensão histórica mas as
pistas que toda esta informação nos dão são úteis para nos guiarmos nestes anos
de 2012 a 2015.
Primeiro – da crise não nos safamos facilmente, mas já passamos por pior e
a roda gira. Vai ser necessário um pouco de optimismo para contrariar o
pessimismo saturnino .
Segundo – com esse optimismo devemos manifestarmo-nos mas também criar
novas forcas políticas e económicas que nos encham de dinamismo e esperança
impulsionando novo ciclo de desenvolvimento.
Terceiro – como os tempos são outros, não vamos fazer isso através de
ditadores, de novos partidos políticos, de soluções externas mas sim através de
uma verdadeira reconstrução da identidade nacional – investir no que temos, nas
nossas potencialidades e talentos, na educação como fez o Marquês de Pombal na
procura do caminho da modernidade.
Felizmente para nós já não há a monarquia porque a rainha D. Maria, a Pia,
fez regredir Portugal e parte das políticas do Marquês foram suprimidas.
[i]Informações históricas e citações foram obtidas no
site no Centro de Estudos do Pensamento Politico do ISCSP-UTLhttp://www.iscsp.utl.pt
Muito interessante. Partilhado no Fb.
ResponderEliminarParabéns por seu texto!
ResponderEliminar(Vania L M Marinelli / membro no. 23)